Cannabis Medicinal e THC
Quando falamos em maconha, quase sempre o foco recai sobre o THC (tetrahidrocanabinol), a principal substância psicoativa da planta. Mas afinal: o THC é um vilão inevitável ou pode ser um aliado terapêutico🤔? A resposta, como a ciência tem mostrado👨🏻🔬, é que tudo depende da dose, do contexto e da finalidade do uso.
👉🏼O que acontece no uso crônico e abusivo:
No consumo recreativo frequente — quando a maconha é utilizada várias vezes ao dia — o THC provoca um hiper estímulo nos receptores CB1 do cérebro. Como mecanismo de defesa, o organismo passa a internalizar esses receptores, reduzindo a sua disponibilidade.
Esse processo gera um efeito em cadeia: dificuldade de foco, falta de apetite, alterações de humor, ansiedade e desânimo. Para aliviar esses sintomas, o usuário busca novas doses, entrando em um ciclo de tolerância e dependência. Esse é um dos principais riscos associados ao uso contínuo e não controlado da maconha.
👉🏼O potencial terapêutico em doses baixas:
Por outro lado, quando falamos do uso medicinal de baixas doses de THC, a história é bem diferente. Pesquisas experimentais realizadas, por exemplo, na Universidade de Bonn (Alemanha) e em centros de pesquisa nos Estados Unidos, têm demonstrado que doses muito pequenas — entre 2 e 5mg em formulações padronizadas — podem trazer efeitos neuroprotetores.
Os estudos indicam que, em condições controladas, o THC pode:
✔️Reduzir marcadores inflamatórios no cérebro;
✔️Favorecer a comunicação entre neurônios (sinapses);
✔️Estimular a plasticidade cerebral em modelos de envelhecimento.
Essas descobertas abrem caminhos promissores para o uso do THC em contextos específicos da medicina, sempre sob acompanhamento profissional e em doses rigorosamente definidas.
👉🏼Conclusão:
🪴O mesmo THC que, em uso abusivo, leva à dependência, pode ter efeitos benéficos em doses mínimas e bem controladas, por meio da cannabis medicinal.
O desafio está em compreender que não existe uma resposta única e simplista. O THC não é apenas vilão, tampouco um herói absoluto. É uma molécula potente — e, como toda substância ativa, seus efeitos dependem da quantidade, da forma de uso e da finalidade terapêutica.🪴
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