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Suicídio: compreender para prevenir

O suicídio é um fenômeno complexo, multifatorial e, infelizmente, ainda cercado por estigmas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 720 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, o que representa uma morte a cada 40 segundos.😔 No Brasil, o cenário também é preocupante: mais de 13 mil pessoas perdem a vida anualmente dessa forma, e entre adolescentes a taxa cresceu 81% em menos de uma década.
Esses números, porém, não podem ser reduzidos a estatísticas frias. Cada vida perdida representa uma rede de vínculos interrompidos: famílias, amigos, colegas de trabalho. Entender o suicídio exige olhar para além do ato em si — envolve compreender os fatores de risco, as vulnerabilidades emocionais e, sobretudo, as possibilidades de intervenção.

Fatores de risco e proteção
O suicídio não tem uma única causa. É resultado de uma interação entre aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Entre os principais fatores de risco, estão:
🧠 Transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e transtornos de personalidade.
📖Histórico de tentativas prévias.
💊Abuso de substâncias.
Experiências de violência, negligência ou perdas traumáticas.
😶Desesperança e isolamento social.

Por outro lado, fatores de proteção podem reduzir o risco, tais como:
🫂Rede de apoio familiar e social.
🩺 Acesso a tratamento adequado em saúde mental.
😌Desenvolvimento de habilidades de regulação emocional.
🤗 Sentimento de pertencimento e propósito de vida.

A importância de falar sobre suicídio
Um dos maiores mitos relacionados ao suicídio é a ideia de que falar sobre o tema poderia incentivar alguém a cometer o ato. Pesquisas mostram justamente o contrário: abrir espaços seguros de diálogo pode salvar vidas, permitindo que a pessoa em sofrimento expresse suas dores, receba acolhimento e seja encaminhada para tratamento adequado.
O silêncio, ao contrário, aumenta o isolamento e perpetua a ideia de que buscar ajuda é sinal de fraqueza.

Prevenção e tratamento
A prevenção passa por múltiplas dimensões:
👉🏼 Atenção primária em saúde, capacitando profissionais para identificar sinais de risco.
👉🏼Psicoterapia, especialmente abordagens baseadas em evidências, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que auxilia na identificação de padrões de pensamento disfuncionais e na construção de estratégias mais adaptativas.
👉🏼 Tratamento medicamentoso, quando indicado por psiquiatras, para reduzir sintomas de transtornos associados.
👉🏼Fortalecimento das redes sociais e comunitárias, reduzindo o isolamento e aumentando o suporte emocional.
É importante lembrar que a prevenção não se resume a intervenções clínicas: políticas públicas de educação, combate à desigualdade e promoção de saúde mental também desempenham papel essencial.

Reflexão final💭
O suicídio é uma tragédia evitável em muitos casos. Embora seja impossível eliminar totalmente os riscos, é possível reduzi-los significativamente quando unimos ciência, empatia e cuidado.
Buscar ajuda não é sinal de fraqueza — é um passo de coragem. E oferecer ajuda não exige respostas prontas, mas presença, escuta e disposição para encaminhar quem sofre aos recursos adequados.
Na Mentevitale, acreditamos que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. A prevenção do suicídio passa, acima de tudo, por reconhecer o valor da vida e criar espaços onde o sofrimento pode ser dito, compreendido e transformado.💙💛

📚 Referências:
– Organização Mundial da Saúde (OMS). Suicide Worldwide in 2019. Geneva: WHO, 2021.
– Conselho Federal de Medicina (CFM). Taxa de suicídio cresce 43% em uma década no Brasil. Brasília, 2021.
– Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico – Suicídio no Brasil: 2010–2019. Brasília, 2021.
– Agência Brasil. Brasil tem mais de 30 internações por dia por tentativa de suicídio. Brasília, 2024.

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